Pró-labore, o que é, qual a sua importância e como calculo o meu

Quem está começando um negócio novo, é normal ter muitas dúvidas, umas delas é sobre o salário do sócio proprietário. Já inicio com uma pergunta: Todo sócio recebe salário? A resposta é: depende! Primeiro, se o sócio é funcionário em sua empresa, sim; agora, se não exerce nenhuma função, a resposta é não. Vem comigo que vou explicando no caminho.

O que é Pró-labore?

Antes de mais nada, vamos entender o que significa este termo. Do latim significa “para o trabalho“. Este termo se refere exclusivamente para a remuneração dos sócios. Isso mesmo, apenas sócios recebem pró-labore, demais recebem salário. O Pró-labore é facultativo, ou seja, não é uma obrigação e é diferente de participação dos lucros.

Mas como definir o pró-labore?

Ele pode ser definido direto no contrato social da empresa, no caso do MEI, é a quantia que o empreendedor vai retirar do negócio para suprir suas necessidades de subsistência. Em via de regra, o pró-labore MEI não pode ser inferior a um salário mínimo, nem ultrapassar R$ 6.750,00 ao mês.

Outro coisa, todos os chamados benéficos trabalhistas são opcionais, podendo ser ou não pagos. E claro, todo pagamento de pró-labore deve ser declarado em imposto de renda.

Legal, mas qual a diferença entre pró-labore e salário?

É uma dúvida muito comum: São as mesmas coisas? A resposta é NÃO.

Ambos são remunerações pelo trabalho. O pró-labore é pago para sócios por executarem um trabalho administrativo e não é regido pelas leis da CLT. Enquanto o salário é pago aos demais funcionários e são regidos pelas leis trabalhistas – CLT, o que dá uma série de benefícios, como férias, décimo terceiro, FGTS, entre outros.

Outra diferença está na flexibilização do trabalho e remuneração, que a CLT não dá.

Já sei o que é, mas qual sua importância?

Muitos empreendedores que estão começando podem achar que seja uma bobagem. Mas este é o passo fundamental para a organização financeira da empresa.

Primeiro e mais importante, o sócio precisa ser pago por suas funções, assim que a empresa começa a lucrar. Em segundo lugar pela organização financeira. É comum vermos empreendedores pegarem dinheiro do caixa da empresa com frequência para questões pessoais, ou no final do mês, paga-se todas as contas e o que sobra o empresário pega para si. Aí mora o erro!

Lição básica: Finanças Pessoais não são Finanças Empresariais! E devem, DEVEM, ser feitas separadamente.

Além de tudo isso, uma empresa precisa ter planejamento financeiro, de forma que seu lucro, seja reinvestido nela mesma.

E por fim, definir um pró-labore, significa que você sabe o quanto vai receber por seu trabalho! Assim é possível, você organizar e planejar sua vida financeira particular.

Entendi, mas como eu defino meu pró-labore?

Um parêntese, no Brasil não existe leis que definem essa regra. Cada empresário deve definir como ele quer ser pago, havendo dúvidas, procure um contador.

Alguns exemplos, logo que estamos falando da área de beleza:

  • Você pode receber por comissões, igual a todos os outros profissionais
  • Participação do lucro, pós pagar todas as despesas da empresa, defina um percentual, por exemplo 50% do lucro
  • Pode ser fixo, baseado em salário
  • Poderia ser misto, exemplo: Comissões + 50% do Lucro

O mais importante é você analisar a situação de sua empresa, projetar esses valores e trabalhar com seu planejamento e não sagrar o negócio, isso quer dizer INVESTIR é preciso.